Após o fim da partida, Bragança ficou revoltado e reclamou da situação. O homem que teria proferido as ofensas racistas foi escondido pela filha.
“A gente estava comemorando com a nossa torcida lá. A gente respeita todos os torcedores, a gente não tem nada contra os torcedores aqui, mas chamar a gente de macaco também, aí é f###, né? Aí não é futebol. Isso já vem acontecendo há muito tempo já”, disse o atleta, na transmissão da 98 FM.
Bragança se manifestou nas redes sociais e agradeceu às mensagens de apoio e carinho.
“Eu estou tranquilo e com a cabeça boa, isso não me abala e sei que sou muito mais que isso. Seguimos de cabeça erguida”, afirmou.
Em nota, o América Futebol Clube SAF informou que repudia veementemente todo e qualquer ato de racismo.
“O racismo e a discriminação racial são crimes e violam os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos. No futebol — um esporte que simboliza paz, união e inclusão — não há espaço para atitudes que tentem ofuscar o brilho da bola rolando, dos gols e das vitórias. O Orgulho do RN reafirma seu compromisso com a igualdade e com o combate firme a qualquer forma de preconceito ou discriminação”, disse o América SAF.
A Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol (FNF) também condenou os atos de injúria racial e demonstrou solidariedade ao goleiro.
“O Futebol é lugar de festa, de alegria e congraçamento. É lamentável que ainda nos deparemos com gestos criminosos como esse. Precisamos repudiá-los e combatê-los de forma veementemente e enérgica, para que não se repitam. Que as autoridades identifiquem o autor e que ele seja punido de forma exemplar, com todo o rigor necessário. Ao atleta e ao América, nossa irrestrita solidariedade”, informou a FNF.
Não conseguimos contato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), responsável pela organização da Série D.
Não foi a primeira vez que o goleiro americano denunciou um caso de racismo. Há menos de um ano, em agosto de 2024, Bragança expôs mensagens que recebeu no Instagram após a eliminação da equipe na Série D do Brasileirão.
“Mds deixa de ser ruim lixo, deixa o outro goleiro joga feio preto macaco”, dizia a postagem do perfil de uma mulher.
Na época, o atleta também criticou o ataque racista.
“Aceito todo tipo de crítica, todos tem seu livre arbítrio. Mas isso é passar dos limites”.
Confira a nota de repúdio do América na íntegra
O América Futebol Clube SAF repudia veementemente todo e qualquer ato de racismo.
O racismo e a discriminação racial são crimes e violam os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos. No futebol — um esporte que simboliza paz, união e inclusão — não há espaço para atitudes que tentem ofuscar o brilho da bola rolando, dos gols e das vitórias.
O Orgulho do RN reafirma seu compromisso com a igualdade e com o combate firme a qualquer forma de preconceito ou discriminação.
Confira a nota de repúdio da FNF na íntegra
A Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol vem a público externar seu repúdio aos atos de injúria racial praticados contra o goleiro Renan Bragança, durante a partida entre o América e o Central-PE, pela Série D do Campeonato, neste domingo.
O Futebol é lugar de festa, de alegria e congraçamento. É lamentável que ainda nos deparemos com gestos criminosos como esse. Precisamos repudiá-los e combatê-los de forma veementemente e enérgica, para que não se repitam. Que as autoridades identifiquem o autor e que ele seja punido de forma exemplar, com todo o rigor necessário.
