Nos últimos dias, o município de Carnaubais, localizado no Rio Grande do Norte, foi cenário de uma série de tremores de terra. Entre os dias 24 e 25 de abril de 2025, o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) registrou mais de 20 eventos sísmicos na região. O tremor mais significativo atingiu uma magnitude de 3.0 na escala Richter, o que, segundo especialistas, é considerado de baixa intensidade.
Esses tremores são atribuídos à reativação de falhas tectônicas preexistentes, uma ocorrência comum em regiões com histórico de atividade sísmica. Apesar do número expressivo de eventos, não houve relatos de moradores que tenham sentido os abalos, o que pode ser explicado pela baixa intensidade dos tremores.
O que é a escala Richter?
A escala Richter é uma ferramenta tradicionalmente utilizada para medir a magnitude de terremotos. Desenvolvida na década de 1930, ela quantifica a energia liberada durante um evento sísmico. No entanto, atualmente, os cientistas preferem usar a “escala de magnitude de momento”, que oferece uma medição mais precisa da força e do tamanho dos terremotos.
A escala de magnitude de momento considera o deslocamento da crosta terrestre, o tamanho da área afetada e a força necessária para superar o atrito, além das ondas sísmicas geradas. Essa abordagem fornece uma visão mais abrangente do impacto de um terremoto.
Como é medida a intensidade de um terremoto?
A intensidade de um terremoto é avaliada pela “Escala Mercalli Modificada” (MMI), que mede a força do abalo em locais específicos ao redor do epicentro. Essa escala utiliza algarismos romanos para classificar a intensidade com base em danos estruturais e relatos de observadores.
Fatores como terreno, profundidade e localização influenciam significativamente a devastação potencial de um terremoto. Portanto, a MMI é uma ferramenta essencial para entender o impacto local de um evento sísmico.
O monitoramento contínuo do LabSis/UFRN
O LabSis/UFRN continua a monitorar a atividade sísmica em Carnaubais e em toda a região Nordeste do Brasil. Esse acompanhamento é crucial para prever possíveis eventos futuros e mitigar riscos associados a tremores de terra.
O trabalho do laboratório é fundamental para a segurança da população, pois permite a análise detalhada dos eventos sísmicos e a implementação de medidas preventivas adequadas. A conscientização e preparação são essenciais para lidar com os desafios que a atividade sísmica pode apresentar.
